Pequenas galáxias contêm os maiores berçários de estrelas do universo

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Nos confins do universo, uma fascinante conexão entre o tamanho das galáxias e a produção estelar intriga os cientistas. Contrariando a intuição, são nas menores galáxias que se encontram as maiores fábricas de estrelas. A explicação para esse fenômeno reside na forma como as estrelas nas galáxias anãs encerram suas vidas. Ao invés de se transformarem em supernovas explosivas, elas têm maior propensão a se tornarem buracos negros. Esse contraste impactante resulta em um peculiar atraso de 10 milhões de anos na eliminação do material de formação estelar, um processo tradicionalmente impulsionado pela força das supernovas.

O segredo por trás desse fenômeno reside na capacidade das galáxias anãs de preservar por mais tempo seu valioso tesouro de gás molecular formador de estrelas. Esse prolongamento permite que as regiões de formação estelar cresçam em tamanho e intensidade, resultando na produção de um número significativamente maior de estrelas. Exemplos notáveis dessas vastas regiões de formação estelar incluem a Nebulosa da Tarântula na Grande Nuvem de Magalhães e Markarian 71 na galáxia NGC 2366, situadas a distâncias impressionantes de 160.000 e 10 milhões de anos-luz, respectivamente.

A diversidade de estrelas geradas por essas regiões de formação estelar vai desde estrelas menores até estrelas massivas. As últimas, ao atingirem o fim de suas vidas, podem colapsar para formar buracos negros ou explodir em supernovas poderosas. Esse ciclo vital estelar é crucial para a disseminação de metais no universo, uma vez que as supernovas enriquecem o meio interestelar com esses elementos. Essa presença de metais, por sua vez, desempenha um papel sutil na evolução das estrelas, influenciando seu desenvolvimento futuro.

A peculiaridade das galáxias anãs reside na sua menor abundância de metais, o que as torna propensas a gerar buracos negros em vez de supernovas. Esse processo mais demorado impede que as regiões de formação estelar sejam enriquecidas com metais rapidamente, levando a um cenário onde a formação estelar persiste por mais tempo. Esse fenômeno foi recentemente respaldado por observações conduzidas com o Telescópio Espacial Hubble, que encontrou evidências em galáxias anãs como Markarian 71.

A descoberta não apenas fornece uma explicação convincente, mas também lança luz sobre as condições de formação estelar nas primeiras galáxias do universo primitivo. Essas galáxias antigas, que existiram algumas centenas de milhões de anos após o Big Bang, eram caracterizadas por sua intensa formação estelar e baixa metalicidade. Observar as galáxias anãs de baixa metalicidade e alta radiação ultravioleta equivale a uma jornada até o amanhecer cósmico, proporcionando uma visão única das origens do universo. Portanto, a exploração de nossos pequenos vizinhos galácticos revela insights significativos sobre a complexidade e a evolução do cosmos.

Com informações de Space


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