A mulher que se tornou Faraó!

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A imagem mostra dois deuses egípcios — Poros à esquerda e Thoth à direita — segurando a cruz ansata (🔑), símbolo da vida e vitalidade, em direção a uma figura central. Mas… algo estranho chama atenção: essa figura do meio foi apagada da imagem. E não foi um acidente. Foi um apagamento proposital — um verdadeiro ataque à memória dessa pessoa.

Mas quem era essa figura tão poderosa que alguém fez questão de apagar da história? 🤔

📍Essa imagem está no Templo Mortuário de Hatshepsut, uma das personalidades mais fascinantes do Egito Antigo. E o mais curioso é que, mesmo apagada, sabemos exatamente quem era — graças ao contexto e à grandiosidade da sua trajetória. A ausência, nesse caso, fala mais do que a presença.

👩‍⚖️ Uma mulher no trono do faraó?

Hatshepsut não foi uma rainha comum. Seu nome significa “a principal entre as nobres mulheres”, mas ela foi além: se tornou faraó. E isso num tempo em que o trono era passado de pai para filho homem, sempre sob o título masculino de faraó (que no egípcio era um termo exclusivamente masculino). Para ser aceita, Hatshepsut adotou os símbolos do poder masculino, como a barba cerimonial e o traje dos reis.

Ela começou como regente do jovem Tutmés III, filho do seu meio-irmão e marido, Tutmés II. Isso era comum: mulheres da família real às vezes assumiam o trono temporariamente. Mas, nesse caso, Hatshepsut não largou o posto. Ela governou com poder total — de fato e de direito — por mais de 20 anos. 🏛️

🏺 De onde ela veio? E como chegou ao poder?

Tudo começa com seu pai, Tutemés I, um dos faraós mais importantes do início do Novo Império, por volta de 1500 a.C. Ele consolidou o Egito após um período de instabilidade e expandiu o território com vitórias militares contra povos como os núbios (ao sul) e os hicsos (ao norte). 🛡️

Hatshepsut era filha dele com uma das esposas principais e, portanto, de sangue real legítimo. Seu meio-irmão, Tutmés II, casou-se com ela (costume comum entre nobres egípcios) e, com sua morte precoce, deixou o jovem Tutmés III como herdeiro. Como ele era ainda criança, Hatshepsut assumiu a regência — mas rapidamente deixou claro quem mandava.

⚡ O que ela fez durante seu reinado?

📌 1. Estabilidade política e paz:
Ela manteve o país unido e em paz, mesmo num período vulnerável. Evitou guerras e consolidou a autoridade do Egito. Isso, por si só, já era um feito gigantesco!

📌 2. Obras monumentais:
Hatshepsut foi uma das maiores construtoras da história do Egito. O seu templo em Deir el-Bahari — chamado “Djeser-Djeseru”, ou Maravilha das Maravilhas — é um dos mais sofisticados do mundo antigo. 🏛️
Ela também expandiu o complexo de Karnak, entre outros monumentos.

📌 3. Comércio internacional:
Em vez de guerras, ela preferiu explorar o comércio. Organizou uma expedição à lendária terra de Punt, de onde vieram produtos de luxo como incenso, mirra, pedras preciosas, peles, animais exóticos e até árvores que foram plantadas no Egito. 🌿🐒
Inscrições mostram que essas árvores existiram mesmo, e suas raízes ainda podem ser encontradas nas ruínas do seu templo!

🔮 Como ela se legitimava?

Hatshepsut foi uma estrategista. Para legitimar sua posição, além de se apresentar como homem, ela associou sua origem a Amon-Rá, o deus supremo do panteão egípcio. Inscrições dizem que Amon teria se unido à mãe dela, gerando Hatshepsut — ou seja, ela seria filha direta de um deus. ⚡🧬

Seus títulos também refletiam essa força:
• “Maatkare” — A verdade é a alma de Rá.
• “Hórus de ouro fino” — uma referência à realeza divina.
Mesmo termos masculinos como “faraó” foram usados para se referir a ela — mostrando o quanto era importante não parecer uma ruptura na ordem cósmica, chamada de Maat. ⚖️🌌

🧽 O apagamento da história

Após sua morte, possivelmente de causas naturais, começou uma campanha para apagá-la da memória oficial. Estátuas foram quebradas, imagens raspadas, cartuchos com seu nome destruídos — até no próprio templo dela. 🏚️

Provavelmente foi Tutmés III, já adulto, quem ordenou esse apagamento. Mas os egiptólogos acreditam que o objetivo não era apenas vingança pessoal, e sim evitar que seu exemplo abrisse precedente: uma mulher bem-sucedida como faraó poderia inspirar outras. 😮

📚 Um legado que resistiu ao tempo

Hoje, Hatshepsut é considerada uma das mais importantes governantes da história egípcia. Sua trajetória revela muito sobre o poder, os símbolos e os limites do que era permitido — ou não — no Antigo Egito.

E pensar que tudo começou com uma imagem misteriosa… com uma figura central apagada, mas mais presente do que nunca na história. 💫


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