Apesar de serem comuns no deserto do Atacama, no Chile, os astrônomos que trabalham no Observatório Europeu do Sul (ESO) não foram os primeiros a aparecer na área. Seca e praticamente inabitável, a região já experimentou dias de glória com chuvas abundantes e uma flora rica.
Diversas civilizações habitaram a região, incluindo populações da cultura “El Molle” (700 – 800 d.C). Na sequência da dominação Inca, no século 15, o local tornou-se um caldeirão cultural entre os incas e as populações originais da cultura Diaguita (1200 d.C). A chegada dos espanhóis encerrou a presença das populações indígenas locais no Atacama.
Os vestígios deixados naquela época encontram-se na área do observatório La Silla. Diversas pedras no local contêm marcas antigas, os famosos petróglifos. Acredita-se que sejam remanescentes da cultura “El Molle”. Há representações de humanos e animais, mais comumente as Lhamas, e até formas geométricas abstratas.
Os dois exemplos podem ser observados na imagem da semana, publicada pelo ESO. Aqui, astronomia e arqueologia se misturam, fazendo-nos perguntar se a sensação que os antigos tinham ao vislumbrar os céus é a mesma que sentimos hoje.
Créditos:ESO/B. Tafreshi
Publicação original: 6 de junho de 2017
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